Estamos diante de um caso clássico de desprendimento da realidade, de alienação do que se a no restante do país. Se é injusto condenar o capitalismo pelo infortúnio do humildes, não é injusto condenar o mau gosto dos idealizadores do objeto na escolha do momento para sua inauguração.

Nesta semana, Jair Bolsonaro anunciou que pretende conceder aumento para o funcionalismo federal. É a mais nova despesa pretendida pelo governo. Some-se a ela o valor já reservado para o Auxílio Brasil anabolizado eleitoralmente, a desoneração na folha de pagamentos, o subsídio para os caminhoneiros, as despesas previdenciárias, dentre outras possíveis destinações.

Nem mesmo o espaço fiscal de R$ 91 bilhões gerado pela maquiagem da PEC dos Precatórios é possível acomodar todo o apetite e volúpia voraz pela gastança.

Se depender da vontade do presidente e da genuflexão ideológica de Paulo Guedes, até o furo do teto será furado. É o furo transcendente, o furo metafísico, o furo quântico. Por ele se esvai a expectativa de crescimento da economia, deprimida pela farra fiscal sem paralelos. O Produto Interno Bruno vem sendo revisado negativamente, e analistas e organizações importantes  já especulam um cenário recessivo para o país em 2022.

O Touro de Ouro dos traders, assim como o bezerro dos hebreus, é apenas uma fraude. Afinal, os tempos são mesmo é de vacas magras.

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