Repudiamos o ódio irracional e injustificado direcionado a Israel e aos judeus, baseado na compreensão de que todos os seres humanos merecem respeito, sobrevivência e o direito à autodefesa contra os ataques externos.

Ressaltamos que o grupo terrorista Hamas oprime cidadãos palestinos que não se submetem às suas determinações e persegue os cristãos árabes em seu território com selvageria (em 2015, os cristãos árabes palestinos representavam aproximadamente 1% a 2,5% da população da Cisjordânia e menos de 1% na Faixa de Gaza), e suas ações são uma ameaça para judeus, árabes, armênios, drusos e africanos (cristãos e muçulmanos) na tolerante e diversificada sociedade israelense. Oramos para que o Senhor Deus julgue os terroristas do Hamas, e que também abra os olhos dos árabes muçulmanos, para que Deus lhes converta o coração ao único Messias, o Senhor Jesus, o perfeito salvador, que “morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1Coríntios 15,3-4).

Por fim, lembramos que as Escrituras são claras no sentido de que nós, crentes gentios, somos os ramos da oliveira brava que foi enxertada no tronco da oliveira original, composta dos judeus crentes. Alguns ramos da oliveira original foram cortados e lançados fora até que se complete o número dos crentes gentios, mas haverá um renovo daqueles que o apóstolo Paulo chamou de seus irmãos de carne. É uma a oliveira, mas nós somos o enxerto. Isso deve trazer aos crentes gentios humildade e ao mesmo tempo zelo e amor pelo povo que Deus usou para nos dar a Lei, as Promessas e o Messias Jesus: “Será que Deus rejeitou o seu povo [de Israel]? De modo nenhum! [...] Nos dias de hoje sobrevive [em Israel] um remanescente segundo a eleição da graça. E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça. [...] Todo o Israel será salvo. [... Pois] quanto à eleição, [os de Israel são] amados por causa dos patriarcas; porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Romanos 11,1-5.6.26). Assim, conclamamos a igreja cristã a lamentar e orar continuamente em favor das famílias enlutadas em Israel nesta guerra sem sentido, suplicando pela paz na região e, sobretudo, intercedendo para que o Senhor todo-poderoso abra os olhos dos judeus em Israel e em todo o mundo para que eles recebam com fé e arrependimento o único Messias, o Senhor Jesus, o maior judeu da história, o Filho de Deus e o descendente do rei Davi, que governará sobre toda a criação e os eleitos selados pelo Espírito Santo, no dia de seu triunfo espetacular e total sobre o mal, o diabo, as ideologias mundanas e o pecado, quando o Reino de Deus se estenderá inconteste por todo o cosmos.

O grupo terrorista Hamas oprime cidadãos palestinos que não se submetem às suas determinações e persegue os cristãos árabes em seu território com selvageria

“Alegrei-me quando me disseram: ‘Vamos à Casa do Senhor.’ Pararam os nossos pés junto às suas portas, ó Jerusalém! Jerusalém, você que está construída como uma cidade bem sólida, para onde sobem as tribos, as tribos do Senhor, como convém a Israel, para renderem graças ao nome do Senhor. Lá estão os tronos de justiça, os tronos da casa de Davi. Orem pela paz de Jerusalém! Que sejam prósperos aqueles que a amam. Reine paz em seu meio e prosperidade nos seus palácios. Por amor dos meus irmãos e amigos, eu peço: ‘Haja paz em você!’ Por amor da Casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o seu bem.” (Salmos 122,1-9).

(A convocação é assinada pelo conselho e associados da Coalizão Evangélica, uma rede de pastores e líderes evangélicos brasileiros, guiada pela Declaração Confessional e a Visão Teológica de Ministério, ambos comentados no livro O evangelho no centro, organizado por Donald Carson e Timothy Keller. Também conta com signatários que são membros da Fraternidade de Pastores Batistas Reformados, uma rede composta por pessoas que exercem o ministério pastoral em diversas regiões do Brasil, bem como em outros países, tais como Portugal, Inglaterra, Estados Unidos e Japão. Confira no site da Coalizão pelo Evangelho a lista dos signatários da carta.)