O Sistema Fiep lançou este ano um relatório das principais tendências relacionadas aos avanços na tecnologia, nos negócios e na sociedade de forma geral. As inovações descritas mostram, de forma muito prática, que estamos em um tempo no qual a velocidade das mudanças é exponencial. Estamos em uma corrida contra este tempo para ver qual solução gera mais impacto. Há cada vez menos espaço para coisas padronizadas, para a receita, e cada vez mais espaço para a criatividade e para a personalização. A evolução da tecnologia tornou-se o grande agente desta mudança, proporcionando novas possibilidades e, consequentemente, novos paradigmas de consumo.
Entre as principais disrupções elencadas no relatório, encontramos termos como “economia da recorrência”, ou negócios de , “distribuição disruptiva”, que transforma bens de consumo em serviços como, por exemplo, compartilhar patinetes e bikes, e videomarketing, que é a expansão de serviços por streaming. O relatório aponta que, até 2021, 80% do tráfego da internet será de vídeo, o que significa que este serviço de streaming terá expansão cada vez maior. E não haverá disrupção somente na forma como consumimos um serviço: as competências do profissional que colocará essas inovações em prática serão diferentes (e esta mudança já está acontecendo!).
A manchete do Wall Street Journal de janeiro deste ano deixou claro: as profissões que resistirão à automação são aquelas que apresentam tanto habilidades técnicas quanto pensamento criativo. As chamadas “soft skills” tão somente não são mais o foco. A importância da programação, inteligência artificial, big data e analytics exige do profissional uma combinação de aptidões que o tornem provedor de soluções e alternativas para os novos padrões (ou seriam despadrões?) da sociedade, que são cada vez mais não lineares, cada vez mais conectados. Com isso, surgem novas ocupações e atualizações de funções, exigindo um conjunto mais completo de habilidades. A capacidade de análise e gerenciamento estão fortes neste conjunto.
Os modelos educacionais vigentes não estão dando conta de formar este novo profissional. Se não houver maior flexibilização e personalização na educação, não alcançaremos a hibridização da aprendizagem. Uma aprendizagem pela experimentação, pela mistura e combinação de habilidades técnicas e socioemocioniais, pelo manejo de situações reais do cotidiano, pela utilização da tecnologia que facilita e agiliza o desenvolvimento do conhecimento. Listo aqui algumas reflexões importantes para repensarmos o modelo:
Estamos com uma grande oportunidade de formar profissionais que realmente façam a diferença no mercado de trabalho. Habilidades híbridas são potencial para impulsionar a transformação para melhor, trazer melhores resultados. A educação é o agente responsável para causar esta disrupção. Vamos sair da caixa, vamos evoluir, romper paradigmas, movimentar a economia, transformar pessoas.
* Artigo escrito por Giovana Chimentão Punhagui, pedagoga e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), certificada pela Universidade de Cambridge para o ensino de língua inglesa e formação de professores. Gerente Executiva de Educação do Sistema Fiep. A profissional colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no Blog Educação e Mídia.
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