Depois, ele destacou que muitos manifestantes queriam rever o resultado eleitoral, com o discurso de que teria ocorrido fraude na apuração dos votos. “Tudo isso foi explorado sob a base de uma mentira, de que houve fraude nas eleições. A ideia de que o presidente não foi eleito legitimamente. O código-fonte que roda nas urnas foi aberto um ano antes das eleições, foi examinado e fiscalizado por todas as entidades que assim o desejaram, pelos partidos, pela Polícia Federal, pelo Ministério Público. E para o bem ou para mal, eu mesmo convidei as Forças Armadas para fiscalizarem, e embora infelizmente tenham tido um comportamento de levantar suspeitas, ao final produziu um relatório dizendo que não encontraram fraude.” p4gl

André Mendonça divergiu nesse ponto, por considerar que não havia um plano arquitetado para instalar um novo regime no país. “Um golpe de Estado demanda atos não só de destituição do poder, mas do estabelecimento de uma nova ordem política institucional. Então, tenho que retirar o poder eleito, e instituir ou ter atos que me levem a buscar instituir um novo poder, ainda que ilegítimo. Preciso definir o que vou fazer com o Congresso Nacional, eu preciso definir fazer com o Supremo Tribunal Federal, preciso definir o que vai ser feito com a imprensa, com a liberdade das pessoas, com o meio universitário”, disse.

“Uma série de planejamentos e condutas, que, com a devida vênia, não vi nesses movimentos. A perspectiva da atuação deles era criar uma situação de instabilidade institucional, mas qualquer ação de golpe de Estado dependeria de uma atuação de outras forças. Basicamente, dos militares”, completou em seguida.

O que disse a PGR no caso 6i48k

No julgamento, o subprocurador Carlos Frederico disse que era “perceptível o deleite do imputado com os atos violentos praticados”. “Sua adesão subjetiva à intenção golpista da horda antidemocrática é incontestável”, disse. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação ao pagamento de multa de R$ 100 milhões, para cobrir prejuízos aos edifícios depredados, avaliados em R$ 25 milhões, e danos morais coletivos, por atentado à democracia.

O que disse a defesa 671yp

Na sustentação oral, o advogado e desembargador aposentado Sebastião Coelho da Silva disse que o STF não teria competência para julgar Aécio Pereira, que não tem foro privilegiado. Reiterou que a denúncia foi genérica, sem provas de atos individuais que pudessem certificar que o cliente seria capaz, junto com outros manifestantes, de dar um golpe de Estado, nem mesmo de que teria cometido vandalismo e violência no dia da invasão.

“Alguém trouxe um fuzil para Brasília? Naquele povo que estava ali no dia 8 de janeiro, não houve. Houve impedimento de funcionamento dos Poderes? Qual Poder deixou de funcionar por conta da ação que houve nesse prédio e demais prédios? Este Supremo Tribunal Federal estava em recesso, o Congresso estava em recesso. O presidente da República, no dia seguinte fez reunião com Vossas Excelências, lá no Palácio do Planalto, e caminharam para cá. Houve um só dia em que os Poderes não funcionaram? Nem um só dia”, afirmou.