Questionado se sobre as recentes declarações do deputado federal Kim Kataguiri (DEM) contra o presidente e contra o também deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) eram o sinal de rompimento do MBL com o governo, ele disse não haver rompimento porque o MBL nunca foi base. “O MBL apoiou a candidatura do atual presidente contra o PT e só isso. Nunca fomos base, nunca pegamos cargo no governo, nada. O MBL tem princípios e não mudou seus princípios. Quem foi eleito sem fundo eleitoral e, agora que tem a maior cota do fundo está mudando de ideia não foi o MBL. Nossos representantes foram eleitos sem uso de dinheiro público e estão lá militando pela mesma coisa, não mudaram seu posicionamento, e a gente tem um papel de fiscalização disso. A cada erro do Bolsonaro, toda a direita apanha junto. Então a gente tem esse papel de fiscalizar e tem que bater mesmo quando o governo faz coisa que a gente não concorda”, criticou.
D'eyrot disse que o movimento segue discutindo a possibilidade de criação de um partido próprio, mas sem muito entusiasmo por conta das restrições da legislação brasileira que, segundo ele, dificultam a transformação de grupos espontaneamente organizados em partidos políticos. Sobre as eleições municipais do ano que vem e, até já antecipando o cenário de 2022, ele disse que o movimento pretende lançar nomes apenas para o Legislativo. “Já soltamos manifesto de que não fecharemos com nenhum candidato nas majoritárias, porque não é interessante para o papel fiscalizador do movimento. Vamos lançar candidatos ao legislativo, mas essas pessoas terão que sair da organização do movimento, porque a prioridade da pessoa muda”, concluiu.