O segundo o para a abertura do mercado de gás natural deve acontecer na quarta-feira (27), quando a Petrobras e o Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade) devem fechar um acordo para a quebra do monopólio da estatal. A companhia deve concordar em vender todas as ações que detém em empresas de transporte e distribuição de gás. Em troca, o conselho vai suspender processo que investigava a atuação anticompetitiva da estatal no mercado.

A Petrobras não é a única produtora de gás do país, mas sua presença e atuação no mercado é quase absoluta. Dona da maioria dos gasodutos de transporte, a companhia anunciou a venda de parte de sua malha no Sudeste – NTS e TAG –, mas manteve contratos que preveem o uso de toda a capacidade dos dutos para injeção de seu próprio gás.

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Nesse cenário, as concorrentes não conseguem ar aos dutos. Por isso, são obrigadas a vender sua produção para a Petrobras. Quem quiser importar gás também precisa negociar com a estatal, que é dona de todas as unidades que processam o produto trazido por navios. Essas condições fazem com que a companhia, na prática, seja a única fornecedora.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, investimentos na instalação de infraestrutura para atender à demanda do novo mercado de gás natural devem movimentar R$ 34 bilhões até 2032.