Em um registro de 1988 no jornal O Estado do Paraná, um de seus filhos, Roberto Requião (que se elegia prefeito e, mais tarde, viria a ser governador e senador) detalha a conturbada agem. “Papai tinha uma visão de cidade avançadíssima para a sua época. Uma visão de cidade que ele ava nos seus conhecimentos de urbanismo, vindos de cidades inglesas, sas da época. Pensava no cinturão verde, em cidades divididas. (...). E meu pai quando foi prefeito nomeado foi demitido porque resolveu criar uma empresa pública de transporte coletivo. Meu pai foi prefeito em 1951 e depois candidato em 1954-55, ele era petebista, mas seu petebismo tinha raízes marxistas, baseadas no Harold Laski, criador do Labor Party, o partido trabalhista britânico. Então, era um petebismo impregnado de uma visão bastante progressista da sociedade. Ele não era um marxista, mas um petebista de raízes marxistas, como todo trabalhista britânico”, descreveu.

Apesar da curta agem pelo Paço Municipal, Wallace Thadeu de Mello e Silva deixou sua marca na história política. Sua família deu prosseguimento a uma das mais duradouras tradições políticas do estado. Ele próprio era filho e neto de ex-deputados estaduais (o pai, Coronel Wallace de Mello e Silva; e o avô, Justianiano de Mello e Silva, tiveram papel importante na política paranaense).

Além de Roberto Requião, Maurício Requião, outro de seus filhos, foi deputado federal. Eduardo Requião, por sua vez, ocupou cargos públicos importantes em nível estadual. Seu neto Requião Filho é, atualmente, deputado estadual.

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