Algumas das condições para uma recuperação da indústria já estão postas, como a redução nos juros, que facilita os investimentos. No entanto, ainda há outros indicadores que estão demorando a engrenar; o alto desemprego, por exemplo, mantém baixa a demanda por produtos industrializados; com isso, a capacidade ociosa do setor, sempre ressaltada pelo Copom em seus relatórios, continuará sem utilização por um bom tempo.

Por motivos os mais diversos, que incluem burocracia e protecionismo, o Brasil ficou para trás na corrida tecnológica nas últimas décadas, e também larga na rabeira quando o assunto é a Quarta Revolução Industrial, seja pelo estado atual de seu parque, seja pela falta de mão de obra e de gestores preparados para a indústria 4.0. A chamada “desindustrialização precoce” é um fantasma contra o qual o país tem de lutar, até porque seu setor de serviços ainda não está suficientemente avançado para ocupar satisfatoriamente o lugar da indústria, como ocorreu em nações desenvolvidas que fizeram essa transição sem comprometer a renda da população.

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