Por outro lado, os deputados aprovaram a suspensão do prazo de prescrição em determinadas situações, sugerida tanto por Moro quanto por Moraes, mantiveram as regras para policiais infiltrados durante investigações, inclusive na internet, e instituíram a figura do “informante do bem”, que poderá denunciar crimes contra a istração pública ou irregularidades istrativas, com as devidas medidas de proteção para quem se disp a fazer denúncias. A reincidência no mesmo crime também levará a pena maior, e algumas regras para a “saidinha” ficaram mais restritas, embora a prática não tenha sido de todo abolida.

O resultado final, portanto, não aproveitou devidamente a ampla experiência de Moro, especialmente no combate aos crimes de colarinho branco. O ministro conta com o bom senso dos senadores para reverter algumas derrotas, especialmente nos itens considerados mais importantes, mesmo que isso signifique devolver o texto aos deputados para uma nova rodada de votações. Uma legislação que agilize processos e dificulte a vida dos criminosos será um complemento ideal para os bons resultados que já vêm aparecendo na segurança pública.

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