Menos de 24 horas depois de anunciar o cancelamento da Copa América de futebol na Argentina, devido ao quadro grave da pandemia de Covid-19, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou que a competição será realizada no Brasil. O anúncio gerou críticas por acontecer em meio ao alto número de casos e mortes por Covid no país. Ao longo do dia, governadores aram a rejeitar a possibilidade de receber jogos do torneio em seus estados, casos do Rio Grande do Sul, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

No STF. O deputado federal Júlio Delgado (PSB) e o Partido dos Trabalhadores (PT) acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar que a competição, marcada para o mês de junho, seja realizada.

Condições. Após a repercussão negativa, o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, se pronunciou e disse que o evento ainda não está confirmado. De acordo com ele, o governo condicionou a realização da copa a jogos sem torcida e vacinação dos atletas.

Utilidade pública  

Correio mais caro. O Ministério das Comunicações aprovou um reajuste de 4,2915% nas tarifas dos serviços postais e telegráficos prestados exclusivamente pelos Correios. Também foram definidos índices de qualidade que a empresa deverá observar na prestação de serviços básicos. Saiba como isso vai funcionar.

Efeitos da vacina. O Instituto Butantan divulgou o resultado da pesquisa realizada no município de Serrana (SP), que teve 95,7% da população adulta vacinada contra a Covid-19 com a Coronavac. O estudo mostrou que o número de óbitos pela doença na cidade caiu 95%. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, garantiu que toda a população será vacinada até o fim de 2021.

Atualização. O Brasil registrou nesta segunda (31) mais 860 mortes por Covid-19 e 30.434 novos casos da doença, segundo boletim do Ministério da Saúde. Ao todo, o Brasil já contabiliza 16.545.554 diagnósticos positivos e 462.791 óbitos. Quanto à vacinação, até o momento foram imunizados 45.079.934 com a primeira dose e 22.008.112 com a segunda.

Política e economia

Bolsonaro em novo partido. Sem partido desde novembro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro está próximo de definir o partido pelo qual vai disputar a reeleição em 2022. Ele deve se filiar ao Patriota, partido no qual ingressou o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente. A possível filiação, no entanto, encontra resistência de uma ala do partido.

Economia na crise. O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a atual crise sanitária “enseja preocupações”, mas “não tem o poder de comprometer o longo prazo de uma das maiores economias do mundo”. Para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, cada país vai se recuperar de uma forma. Ainda assim, a imagem do país no exterior e a instabilidade vêm afetando os planos de investimento no Brasil.

Giro pelo mundo. O governo da China anunciou mudanças na política de controle de natalidade, ando a permitir que casais tenham três filhos. Na Venezuela, cidadãos sem o chamado “cartão da pátria” relatam dificuldades para se vacinar contra a Covid-19. E, após 12 anos no poder, Benjamin Netanyahu pode perder o cargo para oponentes em Israel.

O que mais você precisa saber hoje

Quiz. Dê sua nota para cada um dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal

Congresso. Com apoio do governo Bolsonaro e do Centrão, Arthur Lira acelera agenda da Câmara

Energia. Seca histórica, conta inflacionada, risco de apagão: a nova crise no setor elétrico

Aulas remotas. Após aumento de notas na pandemia, escolas adotam estratégias contra a cola online

Colunas e artigos

I e filosofia. Kim Paim é um engenheiro que virou referência em análise política com seu canal no YouTube. Cristina Graeml conversou com ele, que fez um balanço do primeiro mês da I da Covid. Luciano Trigo fala da nova biografia da filósofa Hannah Arendt, uma leitura interessante para dias de polarização política. E o Podcast Ideias faz uma análise sem paranoia da Escola de Frankfurt e o marxismo cultural.

Nossa visão  

Desmoralização do STF. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal enterrou de vez qualquer possibilidade de investigação contra um de seus ministros, Dias Toffoli. O ministro Edson Fachin já havia negado liminarmente autorização para a Polícia Federal investigar a denúncia de que Toffoli teria vendido sentenças quando era presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Agora, o plenário da corte decidiu anular a delação toda. Tema para o nosso novo editorial: Toffoli, a suspeição e a desmoralização do Supremo.

Não é nosso objetivo, neste momento, analisar as alegações da PGR ou entrar no debate sobre a competência para se acordos de colaboração, mas constatar que o suposto escândalo de venda de sentenças, que agora não terá mais como ser investigado, deu lugar a um escândalo real: o de um magistrado que participa de um julgamento no qual ele tem interesse direto. Isso porque Toffoli, para a surpresa até mesmo de seus colegas de suprema corte, resolveu participar do julgamento, votando – obviamente – pela anulação da delação de Cabral.

Para inspirar

Pais e filhos no trabalho. Seguir os os de alguém da família – especialmente dos pais – na vida profissional pode vir acompanhado de vantagens, mas também de muitos desafios. Rossana Bittencourt, do Sempre Família, mostra o que é essencial para pais e filhos que trabalham juntos. Tenha um bom dia e uma ótima semana!