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A desidratação de Russomanno não seria uma novidade se, desta vez, o deputado não tivesse entrado na disputa a pedido do presidente. "Eu não pretendia entrar nas decisões de eleições municipais, mas Celso Russomanno é um amigo de velha data e estou pronto para ajudar no que for preciso", disse Bolsonaro no dia 5 de outubro.
Na live de quinta (29), o presidente reforçou o apoio e mostrou uma foto de Russomanno, pedindo voto para o candidato. "Eu o conheço há muito tempo. Foi deputado federal comigo. Eu sou capitão do Exército e ele é tenente da Aeronáutica. Então um capitão do Brasil e um tenente na prefeitura de São Paulo. Celso Russomano é a minha pedida para a cidade. Quem não escolheu ainda e puder escolher, a gente agradece” disse o presidente.
Depois das pesquisas negativas, no entanto, Russomanno chegou a retirar as menções ao presidente do jingle da campanha. Elsinho Mouco, marqueteiro do candidato, negou que a estratégia seja esconder o chefe do Executivo federal, e afirmou que “Bolsonaro vai continuar sendo citado”, segundo noticiou o jornal O Estado de S. Paulo.
Na última quinta (29), Russomanno voltou a citar Bolsonaro em seu horário eleitoral e prometeu implementar em São Paulo um auxílio emergencial nos moldes do Renda Brasil. O programa do governo federal, contudo, nunca saiu do papel e foi enterrado pelo presidente.
Situação análoga à de São Paulo ocorre no Rio de Janeiro, onde o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), que busca a reeleição, também patina, correndo o risco de ficar de fora do segundo turno.
De acordo com o último levantamento do Ibope, Eduardo Paes (DEM) tem 32% das intenções de voto, contra 14% de Crivella e os mesmo 14% de Martha Rocha (PDT). Benedita da Silva (PT), com 9%, está tecnicamente empatada com Crivella e Martha.
Na quinta-feira (29), Bolsonaro pediu voto para Crivella, mas sem muita ênfase. "Um nome que dá polêmica, porque o Rio de Janeiro sempre é polêmico, né? Estou com o Crivella. Conheço ele há muito tempo. (...) Sabemos que tem mais dois nomes concorrendo. Uma que é de um partido X, que o tal do Ciro Gomes falou que se ela ganhar será chefe da Casa Civil do governo. Terrível, né?”, (se referindo a Martha Rocha, do PDT).
"E outro vocês conhecem também. Não quero tecer críticas. É um bom [sobre Eduardo Paes, do DEM]. Mas, eu fico com o Crivella. Que não tenha muita polêmica não. Se não quiser votar nele, fique tranquilo”, finalizou.
Para Ricardo Ismael, professor e cientista político da PUC-RJ, Bolsonaro se movimenta com prudência para não desagradar o Centrão que, embora esteja cada vez mais alinhado ao governo, pode se voltar contra o presidente depois da eleição.
“A onda Bolsonaro de 2018 não está aparecendo até agora, pelo menos nas campanhas das principais capitais. O envolvimento dele com Crivella ou Russomanno pode significar uma derrota política”, avalia Ismael.
No começo de outubro, Bolsonaro carimbou, também, a candidatura de Bruno Engler (PRTB) a prefeito de Belo Horizonte – "um candidato gordinho, jovem e inteligente. Tem tudo para dar certo”, nas palavras do presidente. Em outro vídeo, divulgado pela campanha de Engler em 8 de outubro, Bolsonaro afirmou: “Pode ter certeza, eu não vou fazer campanha para você não, mas se eu fosse eleitor mineiro, votaria em você. Pode ter certeza disso. Eu acho que Minas ganha e que todos ganham”.
Engler é amigo do presidente e de seus filhos. Caso eleito, Bolsonaro garantiu ao candidato "linha direta" com a Presidência.
Na live de quinta (29), o presidente voltou a pedir voto para o jovem candidato. "É uma cartada nova. Conheço ele há uns quatro anos, é um jovem, um pouquinho fora do peso, o defeito dele é esse aí, deve ser a pandemia, ficou em casa muito tempo", ironizou o presidente, que arrematou: "Uma pessoa inteligente, uma pessoa que realmente é humilde, é inteligente, tem tudo para dar certo. Tem falado que vai fazer uma istração semelhante à nossa, escolhendo seus secretários técnicos".
Levantamento do Ibope em Belo Horizonte, porém, mostra que Engler tem apenas 3% das intenções de voto. O líder é Alexandre Kalil (PSD, 63%), atual prefeito, que deve se reeleger já no primeiro turno.
Em Manaus a disputa é ainda mais dura para o candidato bolsonarista. Coronel Menezes (Patriota) aparece em sexto lugar, com 5% da preferência dos eleitores, de acordo com pesquisa Ibope do dia 28. O primeiro colocado, Amazonino Mendes (Podemos), tem 24%. Davi Almeida (Avante, 16%), Ricardo Nicolau (PSD, 13%), Capitão Alberto Neto (Republicanos, 9%) – que também tem a simpatia do presidente) – e Zé Ricardo (PT, 8%) estão tecnicamente empatados.
"Em Manaus, eu tenho um candidato lá, é o Coronel Menezes. Agora, não posso mergulhar na campanha de ninguém porque tenho um trabalho enorme pela frente", disse o presidente em 22 de outubro.
Formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, Menezes é amigo pessoal de Bolsonaro há mais de 40 anos e foi padrinho de casamento do presidente.
Na live de quinta (29), Bolsonaro foi mais enfático ao pedir voto para o amigo. "Ele estava no comando da Zona Franca de Manaus. A Zona Franca realmente deu um salto em qualidade, faturamento, e vocês bem conhecem, quem é de Manaus, sabe o trabalho que ele desempenhou na Zona Franca de Manaus [...] Quem puder colaborar, agradeço aí", sugeriu.
A única capital onde a onda bolsonarista engrossou, até agora, é Fortaleza. O candidato do presidente, o deputado federal Capitão Wagner (Pros), lidera a corrida para a prefeitura com 31% das intenções de voto, segundo o Datafolha. Na sequência, Sarto (PDT) e Luizianne Lins (PT) estão tecnicamente empatados, com 22% e 19%, respectivamente.
Bolsonaro já sinalizou apoio ao Capitão Wagner em uma live nas redes sociais, embora não tenha ido além disso. Na live de quinta (29), o presidente não o mencionou.
Pesquisa do Ibope divulgada nesta terça (3), porém, aponta que o jogo também pode estar virando na capital cearense. Segundo o levantamento, Sarto (PDT) tem 29% das intenções de voto, contra 27% de Capitão Wagner (Pros) e 24% de Luizianne Lins (PT). Com a margem de erro, os três estão tecnicamente empatados.
Nova pesquisa do Datafolha em Fortaleza foi encomendada pelo jornal O Povo, e deve ser divulgada na quinta-feira (5).
No mesmo vídeo, o presidente pediu voto também para a prefeitura de Santos. Ele endossou o nome do ex-desembargador Ivan Sartori (PSD): "Ele é conhecido pelo caso Carandiru, foi desembargador na época que deu decisões positivas, favoráveis aos policiais militares naquele evento. Então um desembargador que tem bastante coragem e determinação. Então pessoal, é uma opção, estou pedindo voto, quem não se decidiu ainda, creio que seja uma boa opção para todos nós, ok">