A Economatica aponta que quase todos os segmentos registraram lucro no segundo trimestre. A exceção foi a educação, que viu seu prejuízo cair de R$ 390 milhões, no segundo trimestre de 2020, para R$ 66 milhões. 2g2h3a

As elétricas foram o principal destaque, com um lucro de R$ 11,51 bilhões, 6,9% superior ao do mesmo período do ano ado. O segundo melhor resultado foi das empresas do segmento de papel e celulose, que registraram um lucro de R$ 10,7 bilhões. Na mesma época do ano ado, tinham registrado prejuízo de R$ 2,49 bilhões.

Perspectivas para o 3.° trimestre 13un

O banco Inter aponta que o segundo semestre iniciou com uma estabilidade na perspectiva de crescimento do PIB em 2021 – atualmente em 5,22%, segundo o relatório Focus do Banco Central (BC). E, apesar da evolução positiva dos indicadores da pandemia, aumenta a incerteza a respeito do desempenho da economia global no segundo semestre.

Frederico Loss, da Allez Invest, aponta que as empresas vieram com fortes resultados no segundo trimestre. E para o terceiro, ele acredita que segmentos como varejo físico, turismo e shopping center devem ser beneficiados por causa das medidas menos restritivas e da velocidade da vacinação.

Outro segmento que pode ter resultados positivos, segundo ele, é o de commodities agrícolas e mineração. Loss ressalta que o preço das commodities está elevado, por causa da elevada demanda, e é beneficiado pela desvalorização do real frente ao dólar. Mas a crise hídrica desperta alguma preocupação.

“O cenário atual aponta para continuidade da recuperação do setor de serviços, na medida em que a mobilidade se aproxima do patamar pré-pandemia e a confiança dos consumidores avança, enquanto o crescimento do varejo e da indústria poderá ser limitado pela normalização dos padrões de consumo, pelos gargalos de oferta e elevação dos preços, e o setor agropecuário seguirá enfrentando condições climáticas adversas nos próximos meses”, escrevem as analistas do Inter.

Mais preocupações em relação aos resultados 273t2t

Não é só a questão energética que desperta preocupações. Outros dois fatores que podem impactar na conjuntura nas próximas semanas são o avanço da variante Delta, da Covid-19, e as questões fiscais.

Loss aponta que é difícil prever o que vai acontecer em relação aos impactos da variante. “Até agora não foram feitas medidas de restrição social. O problema é se houver um aumento no número de casos.”

O Inter aponta que um risco que tem se intensificado nas últimas semanas é o fiscal. A possibilidade de parcelamento dos precatórios, que somam R$ 89 bilhões, a possível ampliação do programa Bolsa Família e os impactos incertos da reforma do Imposto de Renda têm pressionado as condições financeiras, aumentando os juros futuros e impedindo a valorização do real.

As novas regras do IR foram aprovadas pela Câmara e agora serão discutido no Senado. Estimativa do Comitê de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) calcula que, da forma como está, a reforma provoca perda de R$ 41,3 bilhões na arrecadação do setor público. A maior parte dessa perda ficaria com a União (R$ 22,1 bilhões).