Os apontamentos indicam que o caminhão responsável pelo engavetamento estava acima da velocidade permitida e que a concessionária Ecovia, que istra a rodovia, poderia ter previsto o acidente e evitado a tragédia com sinalização e alertas. 1o5f68
Segundo a Polícia Civil, a falta de visibilidade foi o principal fator que provocou a tragédia. A fumaça de um incêndio em vegetação tomou conta da pista. A visibilidade, que era de 15 metros, caiu instantaneamente para zero no momento do acidente.
A Polícia Civil informou que o motorista do caminhão, Claudio Alexandre Seroiska, foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Outros quatro funcionários da Ecovia, entre controladores de tráfego e supervisores, também foram indiciados por homicídio simples e por lesão corporal.
Segundo informações da época do ocorrido, a presença de fumaça nas proximidades da BR-277, no trecho do acidente, já vinha sendo percebida há cerca de uma semana antes do engavetamento. Segundo o relatório da polícia, a concessionária já poderia ter feito a sinalização do local. Porém, de acordo com o relatório, só foi feita depois do acidente. O laudo da Polícia Civil ainda diz que o caminhão estava do lado direito da pista, a 95 km/h; depois, reduziu para 75 km/h e bateu contra sete veículos.
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“Nós ouvimos mais de 60 pessoas nesse procedimento. Anexamos documentos, como um laudo do Simepar que dizia que no local não existia neblina, ou seja, a falta de visibilidade decorreu única e exclusivamente da fumaça”, disse o delegado Fábio Machado, ao Meio Dia Paraná, da RPC, desta terça-feira (27).
“Mesmo esse motorista, se tivesse visibilidade, ele conseguiria parar o seu veículo. O fato é que, naquelas condições, o motorista deveria ter reduzido a velocidade. Ele não reduziu. Dirigiu acima da velocidade permitida. O que nós achamos que é muito importante aqui destacar é que todas as pessoas ouvidas foram unânimes em dizer: ‘Não existia nenhuma sinalização no local que me dissesse neblina, falta de visibilidade ou difícil trafegabilidade’. Nada disso foi informado”, destacou Machado.
A defesa do motorista disse ao Meio Dia Paraná que só vai se manifestar depois de ter o à atualização do processo. Já a Ecovia disse ao jornal, em nota, que recebeu com surpresa o relatório final do inquérito policial. “A concessionária seguirá apresentando a sua defesa firme na consistência das provas existentes no processo”, diz a nota enviada.