"A utilização do produto tem que ser autorizada porque se trata de um produto inflamável e, portanto, controlado. Quem compra, quem vende, quem usa precisa das autorizações", afirmou o delegado da Deam, Adriano Chohfi.

Impermeabilizante foi causa do acidente

Para a Polícia Civil, embora o laudo pericial só fique pronto em cerca de 30 dias, já é certo que o uso do impermeabilizante foi a causa do acidente. No entanto, a delegacia também não descarta a possibilidade de relação com o sistema de gás que abastece o prédio.

Na tarde desta terça-feira (2), a polícia ouviu pela primeira vez o casal proprietário da empresa que executava o serviço. Até então, apenas o advogado dos empresários compareceu à unidade especializada. "O que o advogado nos disse é que se trata de uma empresa pequena e que os próprios donos estão bem assustados com isso tudo, que eles sempre tomaram todas as cautelas e que o funcionário que estava no apartamento é bem experiente", adiantou o delegado.

Conforme informações já apuradas para o inquérito, o técnico de impermeabilização deslocado para executar o serviço, Caio Santos, de 30 anos, trabalhava há cerca de dois anos na empresa e já tinha feito mais de cem vezes o mesmo procedimento. Ele é um dos que socorridos em estado grave, assim como a moradora do apartamento, Raquel Lamb, de 23 anos. Irmã do menino que morreu, Raquel teve 55% do corpo queimado. Santos sofreu queimaduras por 65% do corpo. O marido de Raquel, Gabriel Araújo, também teve queimaduras, mas já deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

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