é um problema de visão que afeta, atualmente, 35% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O distúrbio visual, que é um erro de refração, ocorre quando o olho tem um comprimento mais longo do que o normal ou quando a córnea é muito curva. Quando isto acontece, os raios luminosos que entram no olho, convergem para uma região anterior à retina. Assim, a imagem não chega focada na retina (onde estão concentradas as células responsáveis por captar a imagem) e por isso, pessoas com miopia, têm dificuldade para enxergar com nitidez objetos distantes.

Embora a miopia tenha sua causa principal na genética, o estilo de vida é um fator que pode contribuir para o aparecimento da alteração, e em alguns casos, em uma idade mais precoce. Normalmente, a miopia surge na infância ou na adolescência e tende a se estabilizar perto dos 25 anos de idade. De acordo com a médica oftalmologista do Hospital Barigui de Oftalmologia, Dra. Fernanda Piccoli Schmitt, a incidência de miopia tem aumentado muito nos últimos anos. A OMS estima que em 2050, cerca de 52% da população mundial terá algum grau de miopia. Em países asiáticos como Japão e China, este número pode ser ainda maior.  Estudos recentes sugerem que o uso intenso de computadores, celulares e outros eletrônicos na primeira infância podem aumentar o risco do aparecimento da miopia em crianças. Por outro lado, crianças que am mais tempo em atividades ao ar livre, tendem a ter o risco do aparecimento de miopia diminuído.

Por conta disso, as sociedades internacionais de oftalmologia recomendam que se diminua a quantidade de horas que as crianças am diante de aparelhos eletrônicos. Limitar o tempo de telas, mantê-las a uma distância de pelo menos 45/50 cm dos olhos e fazer curtos intervalos a cada 20/30 minutos são algumas medidas que podem proteger os olhos do avanço exagerado da miopia. O sugerido é que as crianças, dentro do possível, tenham algum tempo em ambientes abertos, estimulando a visão de longe.

Tratamentos para a miopia

E o que fazer quando a miopia já está instalada? Antes de mais nada, é necessário fazer uma boa consulta com um médico oftalmologista, pois isso permite identificar se há algum distúrbio visual e qual a magnitude do comprometimento. Após uma avaliação oftalmológica cuidadosa, confirma-se o diagnóstico e então é possível indicar três formas de tratamento, segundo a Dra. Fernanda Piccoli.

O uso de óculos ou lentes de contato são as formas mais comuns de compensar a miopia. Eles agem direcionando os raios luminosos e fazendo com que estes cheguem focados na retina. Atualmente existem diversos tipos de lentes de óculos e lentes de contato que aliam excelente visão e conforto. Entretanto é importante frisar que o uso de óculos ou lentes de contato não corrige de forma definitiva a miopia. Eles apenas melhoram a visão durante o uso destes auxílios.

"Quando queremos corrigir de fato a miopia, partimos para as opções cirúrgicas." É possível corrigir a miopia com a cirurgia refrativa a laser ou com o implante de lentes intraoculares (cirurgia faco-refrativa), eliminando assim a necessidade de óculos ou lentes de contato"” explica a Dra. Fernanda Piccoli.

A cirurgia refrativa a laser é considerada um procedimento bastante tranquilo e seguro. "Na cirurgia, usamos um tipo específico de laser para modificar o formato da córnea. Este novo formato, possibilita que os raios luminosos sejam focados adequadamente sobre a retina, melhorando assim a nitidez e qualidade visual." “O procedimento completo demora em média 15 a 20 minutos e é indolor”, explica a médica oftalmologista.

Imagem do corpo da matériaAs três soluções para a correção da miopia são: óculos, lentes de contato ou cirurgias para correção/implante de lentes intraoculares

Em relação ao pós-cirúrgico, Fernanda explica que normalmente ele é tranquilo e a recuperação bastante rápida. “No dia seguinte, já é possível voltar a 90% das atividades do cotidiano."

A médica oftalmologista orienta que para fazer a cirurgia, é recomendável que a pessoa tenha mais de 21 anos, apresente estabilidade do grau e tenha características biofísicas da córnea dentro de parâmetros normais. Ela ressalta que cada caso é único e deve ser sempre avaliado individualmente pois existem diferentes técnicas de aplicação do laser. "Cada caso tem uma indicação específica que devemos obedecer para atingir bons resultados".

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