Taxas menores?
Embora as novas plataformas ainda estejam sendo integradas ao superaplicativo do Magalu, a estratégia de brigar pelas primeiras posições provavelmente se dará com a concessão de incentivos tanto aos restaurantes como para os clientes, como fez a chinesa 99Food quando entrou no Brasil, há pouco mais de um ano.
São incentivos como taxas menores e muitos cupons de desconto, somados a uma das principais dores dos restaurantes: as comissões cobradas por cada prato pedido – variam de 27% a 30% entre as maiores plataformas.
Segundo Marco Amatti, consultor e
diretor-executivo da Abrasel-SP, as negociações entre plataformas e
restaurantes vão ter que ser revistas em algum momento, o que vem a calhar
dependendo da estratégia e do caixa de novos players no mercado.
“Esse custo é necessário para a expansão do delivery, mas acaba sacrificando os menores operadores. É evidente que as plataformas são necessárias, mas estamos em um momento de repensar essa relação”, explica.
Embora o Magalu não revele como será a estratégia para chegar às primeiras posições, os valores que giram nas plataformas dão uma dimensão de como deve ser a briga. Só o AiQFome movimentou R$ 1 bilhão no ano ado, processando 30 milhões de pedidos em 500 cidades do país.
A compra do aplicativo ToNoLucro vai aumentar a
presença do AiQFome nos estados de Goiás, Pará e Tocantins, com a entrega de
pedidos e processamento de pagamentos. Atualmente são cerca de dois mil
entregadores e cinco mil restaurantes cadastrados.
Já a plataforma GrandChef, fundada no Paraná, permitirá ao Magalu não apenas entregar os pedidos, mas também fazer a gestão dos restaurantes. Por meio de aplicativos para celular e sistemas para desktop, a ferramenta permite o controle de pedidos online e offline (mesas, comandas e balcão) e a integração com plataformas de delivery, além da gestão financeira e controle de estoque. Atualmente são mais de três mil clientes em 25 estados brasileiros.
E-commerce em expansão
Segundo o Magalu, a estratégia de aprimorar o
delivery de alimentos e bebidas ao aplicativo próprio se dá pelas projeções
otimistas do mercado. O mercado de alimentação fora do lar alcançou a cifra de
R$ 196 bilhões ao longo de 2020.
Levantamento recente do Ebit com a consultoria de mercado Nielsen apurou que o segmento teve um dos maiores saltos de vendas no ano ado, com um crescimento de 22%.
E não apenas isso. Outro levantamento realizado pelo Google Consumer Survey no mês ado apontou que 30% dos entrevistados preferem comprar através de aplicativos de delivery, por conta da praticidade, promoções e descontos e uma melhor visualização das opções disponíveis.
Além das plataformas de delivery de pratos dos restaurantes, o Magalu também comprou o VipCommerce, uma plataforma de supermercados, do ano ado. Serviços como iFood, Uber Eats e Rappi também operam compras no varejo.

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