Mudança de hábito e de gestão

Junior Durski conversou com Talita Boros Voitch na primeira Arena FoodCo. de Experiências.
Junior Durski conversou com Talita Boros Voitch na primeira Arena FoodCo. de Experiências.
Para estes 97% de entrevistados que dizem ter tido seus hábitos alterados durante a pandemia, 27% afirmaram que pretendem reduzir a frequência de almoço de segunda a sexta nas ruas, 51% nos finais de semana, e 27% dizem que arão a jantar fora durante a semana apenas em ocasiões especiais.
Isso se dá por conta da mudança de hábitos
gerada ao longo destes 17 meses de pandemia, em que o brasileiro perdeu emprego
e renda e precisou rever todos os seus gastos. 39% dos entrevistados aram a
cozinhar em casa ao o que os restaurantes fecharam as portas e a economia
se deteriorou.
O próprio Junior Durski sentiu o público indo
embora dos restaurantes dele. Não a toa, precisou colocar o pé no freio nos
planos do Madero e cortou todos os gastos possíveis, mesmo tendo dinheiro em
caixa para ar alguns meses de operações fechadas.
“O que fizemos foi defender o caixa, seguramos a expansão dos 80 restaurantes, demitimos os 600 trainees que tínhamos e demos uma ajuda de R$ 500 por mês. Reduzimos os salários da diretoria em 50%, da vice-presidência e do meu em 75% e fizemos as rescisões de arquitetos e engenheiros por três a quatro meses”, conta.
Foram de três a quatro meses até que os
restaurantes voltaram a operar e todos os demitidos foram recontratados pela
rede, que seguiu com um plano de expansão menor no restante do ano – das 80
operações previstas, 45 foram inauguradas.

Caminho para a retomada

O movimento da rede Madero hoje já está em 91% na comparação com o período pré-pandemia, e caminha em paralelo com o avanço da vacinação. Embora o Brasil ainda não tenha 91% da população totalmente vacinada (apenas 17,73% com as duas doses), os 62,11% que tomaram a primeira já tem uma confiança para voltar a uma rotina quase normal.
Para Marcos Kahtalian, diretor da Brain
Inteligência Estratégica, esse movimento já é visível na hora do almoço, que
vem crescendo mais do que a noite. Ele afirma que ainda há um receio das
pessoas em voltarem à vida “completamente normal” – o que é normal enquanto não
há uma massificação da imunização.
“A nossa pesquisa mostrou que, pelo menos no almoço, [os números antes da pandemia e agora estão] muito próximos. E o que é o almoço? É o retorno da vida cotidiana, da vida normal. Fim de semana vemos que há menos um retorno de restaurantes, isso está ligado ainda a essa questão social do almoço, da socialização e ainda algum receio em relação a isso”, explica.
Isso é refletido nos números apontados pela pesquisa entre os que já estão vacinadas, onde a frequência de eventos mais sociais, como almoços nos finais de semana e jantares no fim do dia, ainda serão menores nos próximos meses do que antes da pandemia – queda de 15% para 6%.
A pesquisa também apontou que os gastos das pessoas não terão grandes mudanças entre o que era antes e o que vem no pós-pandemia, com números semelhantes no valor do tíquete-médio: R$ 29 no almoço de dia de semana, normalmente de apenas uma pessoa, e de R$ 119 nos finais de semana, quando duas ou mais pessoas consomem.

Delivery

O que mudou mesmo para valer durante a pandemia foi o uso do delivery, que veio para ficar segundo os dois participantes da Arena FoodCo de Experiência. A pesquisa da Brain Inteligência Estratégica com o FoodCo. aponta que o uso de aplicativos de delivery ou a ser usado por 56% dos entrevistados, sendo que 14% usavam pouco e 42% já tinham uma frequência maior. Destes, 26% disseram ter aumentado muito o uso, e 37% um pouco.
Foi exatamente o visto por Junior Durski na rede
Madero, serviço que ele era relutante em implantar. No ado, chegou a fazer
algumas investidas pontuais em Curitiba, mas a pandemia o fez acelerar o
processo de massificação nas lojas – hoje corresponde a 15% do faturamento total,
com pico de 29% no mês ado.
“Acredito muito no delivery, mas nós não queríamos fazer até começar a fazer, porque a qualidade é muito inferior do que se sentar no restaurante. Então eu não queria perder qualidade, mas estruturamos, aprendemos a trabalhar com ele”, diz.
Já Marco Kahtalian completa, e afirma que “é interessante porque, com certeza, aqueles que estavam mais preparados para trabalhar com aplicativos se saíram melhor neste momento, pois já estavam mais estruturados”.
O delivery, segundo ele, é o serviço que mais vai compensar aquela queda da frequência de almoços sociais nos finais de semana, onde 36% dos entrevistados dizem utilizar mais – o que significa que o empreendedor precisa traçar estratégias de consumo, como promoções, para estes dias.

Gestão de pequeno em rede

Ainda durante a Arena FoodCo. de Experiências, Junior Durski relatou que toda a gestão do Madero funciona como de um pequeno negócio mesmo sendo uma grande rede. Cada loja tem seus líderes que precisam manter a qualidade de serviço e os funcionários são treinados para exercerem todas as funções – e são incentivados a isso.
Tanto que a rede tem um turn over abaixo da
média do mercado, de apenas 20%. Já a margem do Ebitda chega a ser de 2,5 vezes
acima da maioria dos operadores do setor. Estes dois pontos acontecem, principalmente,
por conta da gestão detalhada de todas as áreas de operação.
“Não tem segredo, é um esforço de ficar olhando tudo, procurando defeito e corrigir todos os erros”, conclui Junior Durski.
Dentro da plataforma do FoodCo. você pode assistir novamente a toda a Arena FoodCo. de Experiências e ar os conteúdos específicos comentados por Junior Durski, como:
Para ar este conteúdo exclusivo e mais detalhes sobre a pesquisa da Brain Inteligência Estratégica, basta ar o FoodCo. A do serviço tem um investimento de R$ 9,90 e dá direito, ainda, ao seguinte conteúdo exclusivo publicado neste mês:
Em breve também estarão disponíveis conteúdos
como:
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